Campanha do santa cruz

 

16/10/2011 19h14 - Atualizado em 16/10/2011 19h56

Os doze passos do Santa Cruz rumo ao acesso

Relembre e reveja como foi a campanha do Tricolor até a conquista da vaga na Série C

Por GLOBOESPORTE.COMRecife


João Pessoa, 17 de julho. Longe de casa, no estádio Almeidão, o Santa Cruz dava o primeiro dos doze passos rumo à concretização do sonho de voltar à Série C. Deppis de uma campanha irregular na primeira fase, o Mais Querido reincorporou o espirito de 'Guerreiros', que marcou a equipe na conquista do Pernambucano e partiu rumo ao acesso.

Quase dois meses separaram a expectativa da glória. Glória! Pode parecer um exagero tratar o acesso do Santa como tal, mas para os tricolores abandonar o purgatório da Quarta Divisão vale mais que um titulo.

GLOBOESPORTE.COM convida você a recordar a caminhada Coral rumo ao acesso.
De João Pessoa ao Arruda, da Série D à C, da agonia ao alivio.

ALECRIM 1 X 3 SANTA CRUZ

 

Ciente da força do Tricolor, e de olho em lucrar alguns 'muitos' reais, a direção do Alecrim abriu mão do mando de campo e decidiu jogar em João Pessoa pela proximidade com o Recife. E a aposta deu certo – pelo menos do ponto de vista financeiro.

Mais de 12 mil tricolores invadiram a capital paraibana e viram o Santa, mesmo com o gramado castigado pelas chuvas, largar com o pé-direito: 3 a 1, com gols de Thiago Cunha e dois do zagueiro Thiago Matias. Festa nas arquibancadas e os 120 km de volta ao Recife foram tomados por uma onda coral. Ao Alecrim restou o 'consolo' de ter lucrado R$ 240 mil com a derrota.

 SANTA CRUZ 0 X 0 GUARANI/CE

 

 Motivados pela boa vitória na estreia, os Tricolores (para NÃO variar) encheram o Mundão do Arruda: 42.584 torcedores no maior público das quatro divisões do futebol brasileiro naquele fim de semana.

O adversário era o Guarani/CE, vice-campeão cearense. A dureza se comprovou em campo.

Nem mesmo a multidão de tricolores conseguiu conduzir o Santa aos três pontos: 0 a 0 numa tarde de pouca inspiração do ataque Coral, que conseguiu até chegar ao gol no primeiro tempo, após uma cobrança de escanteio de Weslley, que acabou sendo desviada para dentro do gol pelo goleiro Valdo, mas o árbitro baiano Cosme Iran Sabino enxergou falta no arqueiro cearense.


PORTO 2 X 2 SANTA CRUZ

 

 Na terceira rodada, o Tricolor teve mais um compromisso longe do Arruda, mas dessa vez contra um adversário 'intimo', o Porto. Sem poder mandar seus jogos Caruaru, o Gavião escolheu o acanhado estádio Mendonção, na cidade de Belo Jardim, como local da partida, que estava encharcado pelas fortes chuvas que caíram na região.

A bola não rolava e o jogo aéreo se fazia necessário. Assim, aso 37 minutos, o Santa encontrou as redes. Após uma cobrança de escanteio de Dutra, o zagueiro Thiago Matis subiu mais alto que toda defesa do Porto e testou pras redes de Geday.

O Santa descia para o intervalo com a vantagem, mas no inicio da segunda etapa, Verton aproveitou o vacilo da defesa coral e deixou tudo igual. 1 a 1.

Sem conseguir trabalhar as jogadas, o Santa voltou a explorar as bolas alçadas à área de Geday e assim chegou ao segundo gol com o grandalhão Kiros, que com seus 1.95 m levou vantagem na defesa do Porto e desviou pro fundo do gol um cruzamento de Weslley, aos 14 minutos.

O jogo caminhava para a vitória tricolor, quando nos acréscimos o lateral-esquerdo Altemar acertou uma cobrança de falta à 'Juninho Pernambucano' no ângulo de Thiago Cardoso. 2 a 2 o placar do jogo. Apesar do resultado, o Santa Cruz seguiu firme na liderança do grupo.
 

SANTA CRUZ 1 X 0 SANTA CRUZ/RN

 

 No duelo com o xará potiguar, no Arruda, um jogo duríssimo. O Santa não jogou bem, mas conseguiu sair com a vitória com um gol do atacante Kiros logo aos três minutos do primeiro tempo.

O que parecia se desenhar numa goleada ganhou traços de sufoco com os visitantes em busca do empate. apesar da pressão, o Tricolor segurou o resultado. Se o futebol não foi lá essas coisas, a torcida deu mais um show com 35 mil pessoas nas arquibancadas.

SANTA CRUZ/RN 0 X 0 SANTA CRUZ

 

 Uma semana depois as duas equipes se reencontravam. Mando de campo dos potiguares, que assim como o Alecrim abrem mão de jogar em casa para faturar às custas do tricolor pernambucano.

Partida realizada em João Pessoa, mas, diferentemente da primeira rodada, a esperada invasão coral não aconteceu e apenas 4.129 espectadores marcaram presença no jogo.

Em Campo os dois times protagonizaram um jogo sem muitas oportunidades para os dois lados.Partida truncada, repleta de ‘carinhos’ entre os adversários. Os potiguares atuaram quase todo o segundo tempo com um jogador a menos, depois que Alvinho fez falta dura em Weslley e recebeu o segundo amarelo.

No final o 0 a 0 manteve as duas equipes na parte de cima da tabela de classificação.

SANTA CRUZ 1 X 0 PORTO

 

 Dois tempos, dois Santa Cruz: assim que se pode definir o embate entre o Tricolor com o Porto, no Arruda. Após uma primeira etapa insossa, sem inspiração, o Mais Querido mudou no segundo tempo e chegou a terceira vitória na competição com um gol do jovem Jefferson Maranhão.

O meio-campo, de 18 anos, cria da base coral, garantiu os três pontos ao marcar aos 13 do segundo tempo, após receber um belo passe do atacante Flávio Caça-Rato. Alivio para os 27.746 tricolores presentes no Arruda. Com a vitória o Santa recuperou a liderança do grupo e dependia de um empate contra o Guarani na rodada seguinte para garantir a classificação à segunda fase.

GUARANI/CE 2 X 1SANTA CRUZ

 

 O jogo que poderia garantir a classificação coral à segunda fase, acabou acendendo a luz de alerta no Arruda. O Santa Cruz jogou mal e acabou, de viarada, conhecendo sua primeira derrota na competição. Thiago Cunha marcou o gol do Santa, mas acabou sendo expulso na segunda etapa.

Com o resultado, o Tricolor não só perdeu a invencibilidade como a liderança e deixou os cearenses colarem na classificação. Aquela altura, o Santa Cruz ocupava o segundo lugar com 12 pontos, um a menos que o líder Santa Cruz/RN e um acima do Guarani. Com isso, o ultimo jogo da primeira fase, contra o Alecrim, no Arruda, ganhou ares de decisão.

SANTA CRUZ 2 X 1 ALECRIM

 

 Mais de 34 mil vozes conduziram o Santa Cruz rumo à segunda fase da Série D.

O Mundão do Arruda foi decisivo para o sucesso coral em cima dos potiguares.
Vitória por 2 a 1 e classificação garantida como segundo colocado no grupo.

O estreante Ludemar precisou de apenas um minuto para balançar as redes. O atacante aproveitou um bate-rebate dentro da área do Alecrim e escorou pro gol. O que pareci garantia a tranquilidade tricolor, certo? No dicionário do Santa Cruz, a palavra fácil não se aplica.

O Alecrim chegou ao empate ainda na primeira etapa, aos 21 minutos, com Diego.

O gol da vitória tricolor saiu na segunda etapa, aos sete minutos, Weslley encheu o pé aproveitando a sobra da defesa do Alecrim, 2 a 1. Precisando desesperadamente da vitória, o time potiguar se mandou para o ataque e ofereceu espaços aos contra-ataques do Santa Cruz, que desperdiçou várias oportunidades. Por sorte, não fizeram falta. O Santinha estava classificado às oitavas de final da Série D.

SANTA CRUZ 1 X 0 CORURIPE

 

 Na rota tricolor, o Coruripe, que acabou na primeira posição em seu grupo.
Por ter melhor campanha, os alagoanos tinham o direito de decidir em casa.
Por conta disso, o Arruda, mais uma vez, teria papel chave.
44.642 tricolores marcaram presença no Mundão e apoiaram a equipe do inicio ao fim do jogo.

O Coruripe começou assustando o tricolor, teve boas chances de abrir o placar, mas esbarrou no goleiro Thiago Cardoso. O Santa Cruz se organizou na partida e abriu o placar aos 30 minutos com Thiago Cunha, que aproveitou um rebote do goleiro Santos, após chute de Dutra.

Na segunda etapa, o Tricolor ainda teve boas oportunidades de ampliar o placar, mas não conseguiu.
Apesar do placar magro, festa no Arruda.

CORURIPE 0 X 0 SANTA CRUZ

 

 No jogo da volta, no modesto estádio Gérson Amaral, o torcedor tricolor foi submetido a um teste cardíaco de 90 minutos. Pressão do inicio ao fim do jogo. Zé Teodoro optou por uma formação semelhante às finais do Campeonato Pernambucano e entrou em campo com três zagueiros e o volante Memo improvisado na lateral-direita.

Os alagoanos pressionaram o jogo inteiro, mas o sistema defensivo tricolor e o goleiro Thiago Cardoso estiveram numa tarde de absoluto entendimento. Com o regulamento embaixo do braço, o Santa Cruz conseguiu o empate e estava classificado as quarta de final. Estava a dois jogos do acesso.

TREZE 3 X 3 SANTA CRUZ

 

 Na rota do Santa Cruz, o Treze, dono de uma das melhores campanhas na primeira fase.

O sorteio apontou o primeiro jogo para Campina Grande e o estádio Amigão foi palco de um jogo sensacional. Seis gols e um empate espetacular. O Santa começou defensivamente perdido a partida.

Falhas individuais e desacerto coletivo. Em menos de 20 minutos, o Galo da Borborema já vencia por 2 a 0. A decepção estampava o semblante dos milhares de tricolores presentes em Campina Grande.

Mas no segundo tempo o Santa Cruz decidiu ‘entrar’ em jogo e a estrela do atacante Fernando Gaúcho brilhou. O jogador marcou duas vezes e foi decisivo no empate, que contou com uma generosa colaboração do goleiro Lopes, que ‘marcou’ o primeiro gol do Santa.

O empate em 3 a 3 ofereceu a vantagem de quatro resultados ao Tricolor para o jogo da volta (podia empatar de 0 a 0 a 2 a 2 e qualquer vitória). O retorno Paraíba-Recife, como de costume nesta Série D, foi de muita alegria. O Santinha estava muito, mas muito próximo da vaga na Série C.

O mais recente capitulo dessa história não precisa de retrospectiva. Está bastante vivo (e por muito tempo ficará) na lembrança dos tricolores.
 

 

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